domingo, 19 de julho de 2009

Estúdios de cinema tentam amenizar efeito do Twitter sobre bilheterias



Opiniões enviadas rapidamente podem levar filmes ao sucesso ou fracasso.
Vendas de ingressos têm caído 51% da semana de estreia para seguinte.

O público começa a soltar a voz no Twitter com curtas opiniões sobre filmes enviadas cada vez mais rapidamente e para cada vez mais pessoas, e sua capacidade de gerar um sucesso de bilheteria ou um fracasso total está forçando os estúdios hollywoodianos a repensar suas estratégias de marketing.

  O risco é ainda maior durante esta temporada de férias do meio do ano, quando são lançados filmes do porte de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", que chegou aos cinemas na quarta-feira (15), direcionados especialmente a um público jovem e mais plugado.

   Para quem está de olho nas bilheterias, o Twitter, serviço de microblog que permite que usuários postem seus gracejos na hora para que todo o mundo veja, é a nova arma de última geração entre celulares e computadores usada por espectadores para lançar suas críticas sobre filmes, antes mesmo de saírem do cinema. 

Uma propaganda boca-a-boca como essa entre fãs pode tanto 'bombar' como acabar com as vendas nas bilheterias. 
 "Será que tudo ficou mais rápido? A resposta é sim", disse o presidente de distribuição e marketing da Universal Pictures, Adam Fogelson. "Dependendo do tamanho do público no dia de lançamento, a propaganda boca-a-boca tem efeito na hora", afirmou.
 Publicitários avaliam isso através da queda semanal nas bilheterias. Nos últimos anos, a queda entre uma semana e outra vem aumentando significantemente ao passo que a comunicação tem se tornado cada vez mais rápida graças à internet e, mais recentemente, aos serviços de rede social como o Twitter ou o Facebook.
 Este ano, a temporada de julho, que é a mais lucrativa do mercado nos Estados Unidos, por serem as férias de verão, arrecadando até 40% do total anual nas bilheterias, as vendas de ingressos têm caído 51% em média da primeira para a segunda semana desde a estreia de um filme. Os números só se comparam com os de 2007, segundo a Box Office Mojo. 

"Se as pessoas já não gostam do filme na sexta, ele pode morrer até o sábado", disse Paul Dergarabedian, presidente de outra empresa do tipo, a Hollywood.com Box Office.

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